Nunca é tarde para (re)começar!
18 de outubro de 2024
Última atualização: 18 de outubro de 2024
5 min
A forma como enxergamos o que nos envolve, muda ao longo do tempo. O mesmo acontece com a Educação. Não temos as mesmas percepções de quando cursamos o ensino fundamental, por exemplo. Aliás, são responsabilidades, planos, afazeres e diferentes prioridades que chegam com o passar dos anos.
No ensino superior, as coisas também mudam. E ainda bem! Antigamente, a sala de aula era, em sua maioria, composta por alunos na faixa etária que compreendia entre os 20 e 30 anos.
Segundo o Ministério da Educação - MEC, quase 600 mil brasileiros com mais de 40 anos estão matriculados em cursos do ensino superior. O número representa um aumento de 171,1% nos últimos dez anos, entre 2012 e 2021.
De acordo com o G1 (2023), esses números podem estar relacionados a maior expectativa e qualidade de vida no mundo todo, a idade já não se mostra mais como um empecilho para a realização de sonhos.
No entanto, como nem tudo são flores, enquanto comemoramos a inserção de pessoas que possuem mais de 40 anos nas faculdades, esses estudantes ainda passam por algumas situações desagradáveis durante a sua jornada acadêmica.
Preocupações pessoais somadas a algumas inseguranças, como a interação com os alunos mais jovens; ansiedade antes das avaliações; e receio de enfrentar julgamentos, são fatores que, normalmente, desanimam muitas pessoas ao considerarem o regresso às salas de aula.
Além de toda dificuldade, algumas listadas acima, a exclusão de pessoas com idades superiores passou a ter força em algumas salas de aula em todo o Brasil. Termos como ageísmo, etarismo e idadismo tornaram-se pauta em redes sociais e programas televisivos.
Conhecer para não errar
Os três termos (ageísmo, etarismo e idadismo), foram citados pela Organização Mundial da Saúde e, quando cometidos, são considerados como práticas que ferem o estatuto do idoso.
Conheça a diferença entre elas, para não errar mais:
► ageísmo: é usado de forma mais ampla e se refere à discriminação ou preconceito baseada na idade, geralmente das gerações mais novas em relação às mais velhas.
Reproduzir comentários como: “ela é muito nova pra isso, não é mesmo?”, “ele já deveria estar aposentado, por que está na sala de aula” ou “ele já está velho para estudar”, fortalecem o tipo de preconceito.
► etarismo: frequentemente utilizado para enfatizar a discriminação contra os mais velhos.
Ex.: “você é muito velho(a) para entender isso”.
► idadismo: é atribuído a estereótipos (como pensamos), preconceitos (como nos sentimos) e discriminação (como agimos) direcionadas às pessoas com base na idade que têm.
Ex.: “devia estar fazendo crochê ao invés de estar saindo com as amigas” ou “não sei por quê tem celular, na época dele, nem existia”.
Nunca é tarde para (re)começar na Alis!
Entre muitas indagações, conversamos com um aluno da nossa unidade que se questionou, no início da sua jornada acadêmica, como seria estar numa sala de aula com pessoas que, segundo ele, têm idade para serem filhos e filhas.
Foi desafiador, deveras. Mas, em nossa conversa, ele relata que: “o formato em que a faculdade se posiciona, que é colocar o professor como mediador, pra mim, tem sido imprescindível. Tem me ajudado a vencer, semestre após semestre, eu não me sinto cansado, pelo contrário, me sinto determinado todos os dias.”
Quanto a primeira impressão, de estudar com alunos mais novos, ele completa:
“precisei puxar o freio de mão, readaptação, readequação, passou a ser a minha nova realidade, e não se tornar um cara chato, o puritano, o cara do sermão, mas aquele cara que interage, aberto a possibilidades, disposto a aprender. Estou estudando bastante e tenho aprendido muito com essa nova geração. Na sala de aula, tem dado muito certo!”
Em uma outra conversa, um aluno citou as condições financeiras como empecilho no passado. Devido a essa questão, precisou pausar os estudos, mas retomou e agora, cursa Direito. Uma área que complementa a sua atual profissão.
Além disso, ressalta a importância da mediação dos professores e da faculdade no processo de retomada dos estudos, dizendo que: “o bom relacionamento com os professores fortalece o aprendizado, criando um ambiente de confiança e apoio essencial para o sucesso acadêmico.”
O Manual do Aluno da faculdade Alis apresenta uma série de informações sobre a IES, inclusive os direitos e deveres que os alunos têm a cumprir para tornar um ambiente de aprendizado saudável.
Aquela célebre frase “respeito é bom e eu gosto” é importante para nós e colocamos em prática, Por isso, não aceitamos qualquer tipo de violência contra outros alunos.
Yasmin de Sousa
Serra Dourada